Tuesday, February 13, 2007

filme olga

Livro reportagem é o gênero mais trabalhoso de se escrever no jornalismo em função da profundidade que o tema consome, por envolver o relato de um fato atemporal, pela dificuldade da coleta de dados e da transposição para a linguagem literária dos fatos. E foram essas dificuldades que Fernando Morais encontrou para escrever OLGA.

O livro publicado em 1985, foi transformado em filme 19 anos depois, e lançado em DVD no ano de 2005. Adaptado do livro que já se encontra na 17ª edição, esta obra cinematográfica foi uma das grandes produções do ano de 2004.

Com atuações de Camila Morgado como Olga, Caco Ciocler como Luís Carlos Prestes, e uma participação brilhante de Fernanda Montenegro no papel da mãe de Prestes, o filme remete à época da 2ª guerra mundial, em que o mundo estava dividido. O filme peca em não mostrar ao público sobre esse tempo histórico tão importante, como se pensava naquela época, como era a vida das pessoas, e quais eram as incertezas.

Olga Benário, alemã, judia, comunista, vem para o Brasil, a mando do partido comunista, patrocinador dessa viagem para proteger Prestes, então um dos novos membros do partido comunista no país. Virgem, sem ter tido uma única mulher em toda sua vida, Prestes se apaixona por Olga, uma mulher estonteante e bem à frente do seu tempo.

Mas, como eram contra o governo, os dois foram presos, depois separados. Olga, “um presente” de Vargas para Hitler, foi mandada para a Alemanha nazista, grávida de sete meses. Uma das cenas mais marcantes no filme, aliás, é a separação de mãe e filha muito bem retratada, um dos ápices da película.

O filme, dirigido por Jaime Monjardim, relata sua visão sobre a paixão de Olga e Prestes, de uma forma mais humana, romântica.

Vale a pena ver o filme para saber desse amor. Para saber da dimensão histórica de Olga dentro do cenário dos acontecimentos do período, e entender melhor a trajetória política dos principais personagens, é recomendável ler o livro de Fernando Morais, Olga.

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