Thursday, June 14, 2007

Mulheres, precisamos mais dessas.

No colégio, eu tinha uma colega que se chamava Mariana.

Simpaticíssima, alegre, divertida, uma excelente pessoa. Baixinha e “folgada”, não podia fugir à regra: todo baixinho é “folgado”.

Mas, tinha uma hora que Mariana brilhava, e eu a vi várias vezes brilhando. Ela era jogadora de futebol, e craque. Passava a bola debaixo das pernas dos meninos, e tinha domínio de bola como poucos. Aventurei-me a brincar com ela, e as únicas vezes que toquei na bola foi porque ela deixou.

Porque estou voltando à minha infância neste texto? Eu queria falar sobre quebra de paradigmas, ou melhor, preconceitos rompidos. Uma pessoa atualmente se encaixa muito bem neste rompimento: a bandeirinha Ana Paula Oliveira.

A assistente foi suspensa por três jogos do campeonato brasileiro, depois do jogo Botafogo e Figueirense pela Copa do Brasil, por causa de dois lances polêmicos. Em um lance marcou impedimento do jogador do Botafogo; em outro, marcou que um jogador do Botafogo (impedido) estivesse atrapalhado o goleiro do Figueirense no gol.

Em entrevista ao jornal “Folha de São Paulo”, Ana Paula Oliveira afirma que no primeiro lance errou por milímetros; já no segundo, o jogador impedido participou da jogada que resultou no gol.

Depois de muita polêmica, a bandeirinha vê sua carreira no futebol cada vez mais distante, e pensa em outros caminhos: apresentadora de tv para programas esportivos, garota propaganda, ou talvez a dramaturgia. Ana Paula ainda pensa em ser auxiliar numa Copa do Mundo, e para isso afirma estar se condicionando para ter o mesmo desempenho que os árbitros masculinos.

Sem questionar se ela errou ou não nos dois lances, o fato que a bandeirinha Ana Paula de Oliveira é uma mulher como poucas. Permanecer num ramo dominado por homens, onde existe o preconceito, e derrubar barreiras com muita competência é para poucas.

"relaxa e goza", diz a ministra do turismo Marta Suplicy

Ontem, depois de lançar o Plano Nacional de Turismo, a ministra do turismo Marta Suplicy (PT) em entrevista coletiva, respondeu à pergunta sobre qual seria sua sugestão para o brasileiro que quer viajar, mas tem que enfrentar atrasos e filas nos aeroportos: "relaxa e goza". A ministra ainda comparou o problema da aviação a uma dor do parto: "É o parto, depois se esquece tudo".

O ministro da defesa, Waldir Pires, criticou a frase. "É uma pena, evidente que temos de ter muito respeito com a população". Sobre Marta, ele disse: "a ministra é uma mulher inteligente com capacidade de comunicação". À tarde, Marta divulgou por meio de sua assessoria de imprensa nota sobre a frase. "Quero pedir desculpas aos turistas e a todos os brasileiros pela frase infeliz que proferi hoje, ao término de uma entrevista coletiva. Não tive a intenção de desdenhar, muito menos de minimizar os transtornos que estão sendo enfrentados pelos usuários do transporte aéreo”.

É triste ver uma ministra da república dizer uma frase dessas; ao invés de resolver o problema que afeta milhões de pessoas, ela pede para que se relaxe e goze, já que o brasileiro esquece depois.

Talvez ela tenha razão: o brasileiro esquece mesmo. E esse é o maior problema. Ela vai ser prefeita de novo, com o slogan "relaxa e goza, São Paulo um dia melhora...” E agora?

Wednesday, June 13, 2007

portais adotam ombudsman

O Uol e o Ig adotaram a figura do ombudsman, segundo comunicação do dia 12/06, terça-feira.

No portal Uol assume Teresa Rangel, 40, que já passou por jornais e revistas e, nos últimos anos, trabalhou na área de notícias do site. Já no Ig assume o cargo o ex-ombudsman da Folha no ano de 1997 e de 1991 a 1993, Mário Vitor Santos, professor de jornalismo e que atuava como diretor da Casa do Saber.

O ombudsman é uma palavra sueca que significa representante do cidadão. Nos países escandinavos o ombudsman foi criado para desempenhar a função de ouvidor-geral, que é uma função pública criada para canalizar problemas e reclamações da população. No jornalismo, é utilizado como um representante do povo dentro do veículo. Esse cargo na imprensa foi criado na década de 60 nos Estados Unidos, e o primeiro jornal brasileiro a utilizar o ombudsman foi a Folha, em 24 de setembro de 1989.

Outros canais de comunicação têm que seguir o exemplo do Ig e do Uol e colocar em sua folha salarial o cargo de Ombudsman.